Pode ser uma bela aventura, principalmente saindo desde sua cidade em
Brasil, mas leve em consideração os tempos que requer para isso, e
toda a documentação necessária, assim como ter o carro em boas
condições para uma viagem tão longa.

Outra alternativa e
chegar a Buenos Aires de avião e alugar um carro para essa viagem, e
vamos tocar aqui ambos assuntos.

São aproximadamente 1.600 km desde a capital Argentina até a cidade de Bariloche pelo melhor caminho, pelo que se tratando de inverno, recomendamos que a mesma seja dividida em duas partes, com uma parada em Neuquén ou alguma das cidades perto dela.

Desde Bariloche até a cidade de Neuquén serão 1.150 km, que poderão ser feitos em 13 horas de viagem, e se mesmo e um trecho bem longo, fica melhor para os últimos 450 km que terá no dia seguinte, que serão mais lentos, tanto pelo tipo de caminho, assim como pelas paradas a tirar fotos; sem contar que se tiver neve, será muito mais lento ainda (se não estiver fechado).

Saindo pelo Acesso Oeste se vai em sentido a cidade de Luján, para depois tomar a estrada nacional nº 5 até a Santa Rosa em La Pampa (a 610 km desde Buenos Aires). Aqui se toma estrada nº 35 para depois de uns 80 km chegar no entroncamento com o nº 152. Após 46 km de passar frente a cidade de General Acha tem outro entroncamento com a estrada provincial Nº20, sendo esta a chamada “Rota do Deserto” com longas retas e uma paisagem monótona. Dirija com cuidado. Pouco antes de chegar no povoado de Catriel, tomar a estrada 151 até a cidade de Neuquén. Esta e a maior cidade que tem neste caminho entre Buenos Aires a Bariloche, ergo, com maior infraestrutura. Além de parar a dormir aqui pode resolver alguns detalhes importantes, como ser adquirir correntes para neve, entre outros.

Parte 1: de Neuquén a Piedra del Águila

Como mencionado acima, aproveite comprar itens faltantes em Neuquén, principalmente correntes, e perguntar o estado do caminho até Bariloche a partir de Piedra del Águila. Se tudo estiver tranquilo, poderá sair pela estrada provincial 22 em direção a Senillosa, para depois chegar em Arroyito, e logo de um trevo tomar a saída para a estrada Nacional 237 em direção a El Chocón, terra dos dinossauros. Margeando o rio Limay se chega até o reservatório Ramos Mexía (onde o rio fica maior, parecendo um lago). Depois se atravessa Picún Leufú e se continua até chegar em Piedra del Águila.

Piedra del Águila é geralmente uma parada de descanso regular nesta viagem, e com razão.

A estrada que separa Piedra del Águila de Bariloche é o único trajeto montanhoso de todo o caminho. As vistas são impressionantes e é aconselhável fazê-lo durante o dia. Nesta parada, além utilizar banheiros e/ou comprar alguma provisão, ou até fazer alguma refeição, deveram consultar o estado do caminho até Bariloche na Polícia Rodoviária. Em todo caso, se a situação estiver complicada demais, eles podem fechar o caminho. Se as condições não são as melhores (neve, gelo e/ou pouca visibilidade), mas dá para ir, você será avisado disso. E a partir daqui que portar correntes na mala e indispensável.

Parte 2: de Piedra del Águila a Bariloche

Os últimos 200 quilômetros de viagem são o portal ideal para esta magnífica região da Patagônia.

O percurso começa a desnivelar-se lentamente, passando entre grandes rochas, ao tempo que vai oferecendo vistas com desníveis cada vez maiores. Continuando pela estrada Nacional 237 se chega à ponte Collón Cura, que cruza o rio do mesmo nome e atravessando a mesma se continua até chegar no encontro do Rio Limay, onde fica a Barragem de Alicurá, onde devido a mesma, o rio se alarga no começo desse percurso.

A partir deste ponto o Rio Limay acompanha em quase todo o trajeto até chegar em Confluência, onde se encontram as aguas dos rios Traful e Limay. A pouco de cruzar a ponte de Confluência tem um Posto de Gasolina ACA, por se precisar.

A partir deste ponto faltarão 66 km até Bariloche, e você irá percorrer um dos trechos mais lindos deste caminho, cruzando o famoso Vale Encantado, que forma parte de um passeio chamado Circuito Grande.

Continuando em direção ao sul, o percurso passa entre antigos ciprestes às margens do rio Limay, cujas aguas de azul cristalino correm para o norte, ingressando não vale cercado por encostas íngremes de rocha vulcânica. Nas duas margens deste rio se desenvolve o famoso Vale Encantado, onde as rochas basálticas foram erodidas pelos elementos para adotar formas peculiares. Pode-se ver o “Dedo de Deus”, os “Sentinelas”, o “Trem Expresso”, e “Os Siameses”, entre outros.

A estrada sinuosa segue ao longo do rio, para logo de vários quilômetros chegar no Anfiteatro, um lugar onde o rio faz uma curva fechada sobre si mesmo, dando lugar a uma formação natural realizada pelo mesmo com o passar do tempo, chamado assim pela sua semelhança com aqueles circos romanos.

Mas em frente se passa frente a bifurcação que, a direita vai a Villa la Angostura, e continuando, e aos poucos quilômetros, se começa a ver o lago Nahuel Huapi, se cruza novamente o Rio Limay, para finalmente atravessar o povoado de Dina Huapi e chegar na cidade de Bariloche.

Essa e sem dúvidas uma viagem maravilhosa, da qual temos experiência própria, assim como as muitas histórias contadas no grupo, mas que sem dúvidas requer tempo. A primeira parte dessa viagem dependera da cidade onde está saindo, e o ponto onde vai cruzar para ingressar na Argentina. Fora isso, uma vez chegando em Buenos Aires (ou mesmo passando por fora da mesma) os caminhos, assim como as paradas anteriormente mencionadas são validas.

Também terá o problema de não contar com rodas para neve, pelo que se faz necessário alugar ou comprar correntes no caminho; normalmente encontrara mais fácil na sua parada em Neuquén.