Dicas para dirigir na neve

Vai encarar a neve no volante?

Uma das preocupações que sempre vemos de quem vai alugar um carro, ou mesmo ir de carro desde Brasil, é como proceder com o manuseio do nosso carro se tivermos que dirigir em situação de neve ou gelo na calçada. 

Então, aqui vamos falar da possibilidade de neve e gelo nas pistas, e dar conselhos e sugestões que serão úteis para dirigir em estas situações. Além disso, é bom sempre usar o bom senso, observar os moradores locais, e não pecar, ser exagerado ou imprudente.

As coisas começam a ficar complicadas abaixo de 7 ºC, quando os pneus convencionais começam a perder sua performance por causa do frio, já que a temperatura dos pneus influencia, e muito, na sua segurança.

Com a estrada fria, você tem que começar a tomar precauções extremas. Muitos carros de hoje avisam o motorista com um alerta sonoro e um indicador se a temperatura estiver abaixo de 4ºC. A 0 ºC ou menos, se houver muita umidade ou se houver chuvas, o risco de gelo na calçada é maior.

Quando a neve ou geada chega, geralmente as autoridades espalham uma mistura de sal e areia ou produtos anticongelantes nas ruas conhecidas como “vias prioritárias”. É uma forma eficaz de limitar o acúmulo de neve e evitar a criação de gelo, mas também torna a estrada mais escorregadia. Dirigir como se estivesse chovendo torrencialmente é uma boa maneira de se adaptar.

Qualquer que seja o pneu que usamos, à medida que a temperatura cai, o risco aumenta. O clima combinado com o sal ou a sujeira do asfalto cria um coquetel muito perigoso. Muitos motoristas têm um bom susto em seu histórico relacionado a essa combinação.

Clima e Neve

As quedas de neve são mais intensas com baixas temperaturas, o que costuma acontecer durante a noite.

Se na tarde ou noite anterior nevou e logo o céu ficou limpo, é provável que a temperatura despenque, fazendo com que as calçadas e ruas fiquem congeladas. Nesse caso seria recomendado que se espere até as 10 horas para sair, ou, quando você veja mais água que gelo na rua, porque somado ao trabalho da prefeitura na limpeza das vias prioritárias, o movimento dos próprios residentes que vão trabalhar fará com que as ruas fiquem mais limpas de gelo.

Não se esqueça de verificar a condição de tempo e prognóstico. Se as temperaturas irão se manter negativas durante o dia, o ponto anterior se complica mais por causa do gelo (que tenderá a se manter). Nesse caso, utilize as vias prioritárias se precisar sair.

E a premissa de sempre: evitar sair quando estiver nevando forte, e não ser totalmente necessário.

Se for fazer uma viagem para outra cidade ou lugar distante, veja na Internet o “Estado de Rutas” (Situação das Estradas). Se for perto de Bariloche ou indo ao sul (sentido a El Bolsón por exemplo) pode ingressar em Rodovias de Rio Negro e abrir o link “Parte de Transitabilidad”. Nele terá o informe de todas as estradas (nacional e estadual) do Estado de Rio Negro. Se for para o norte (Angostura ou San Martin por exemplo) pode ingressar em Rodovias de Neuquén e procurar pelas estradas a circular pelo Estado de Neuquén.
Se não compreende o site, pode também no mesmo dia (antes de sair) consulte na Secretaria de Turismo, que fica no Centro Cívico, e funciona todos os dias das 8:00 a 21:00hs, ligando para o telefone e +54 294 4429850, e solicitar informação atualizada do estado das estradas de interesse.

Neve

Se a estrada acumula neve, devemos tomar precauções extremas.

Gelo

Pior que a neve e o gelo, que é tão escorregadio quanto o óleo, e pode significar a perda total de controle, sem importar as ajudas eletrônicas que o carro possua.

O gelo pode ser bem visível na pista, se apresentando como camada vidrosa ou branca bem compactuada, mas também podemos encontrar gelo escondido sob a neve.

É fácil encontrá-lo compactado na camada inferior de neve se esta não tiver sido removida por um período e logo (normalmente a noite) a temperatura ficar negativa.

O gelo também pode estar presente em áreas onde o sol não alcança a esquentar o suficiente. Isto acontece principalmente na estrada, onde algumas ladeiras fazem sombra o dia todo na pista, mas também pode acontecer em algum lugar da cidade, principalmente se as temperaturas são negativas o dia todo. 

Se houver água na pista, temperatura exterior inferior a 4ºC e sombra, pode haver gelo.

Pneus para Neve

Todos os carros que se alugam em Bariloche no inverno têm (ou deveriam ter) pneus para neve. Estes pneus foram concebidos para melhorar a aderência e a evacuação da água e da neve, além de possuírem compostos que não reduzem o seu desempenho a temperaturas próximas ou inferiores a 7 ºC.

Para ter uma ideia, dirigir nessas situações com pneus para neve, pelo menos até que haja alguns dedos de neve na calçada, é parecido a dirigir numa chuva forte com seus pneus tradicionais. Você entende que a estrada não tem a mesma aderência, então, extrema os cuidados.

Enquanto o mesmo carro com pneus convencionais teria dificuldade em encontrar aderência, qualquer carro com pneus para neve irão melhorar sua aderência em condições difíceis.

Além de uma melhor tração na marcha, os pneus para neve conseguem ser muito mais eficazes na frenagem, mantendo o carro no lugar e dando estabilidade nas curvas, embora isso não signifique que possa dirigir como louco numa estrada com neve.

Outra vantagem é que com pneus para neve dificilmente precisará instalar as correntes, a não ser situação de tempestade, na qual o mais recomendado é não sair.

Estando com pneus tradicionais, algo que pode acontecer a alguém que foi desde Brasil com seu próprio carro, a dificuldade que motorista irá encontrar com um pouco de neve será alta, mas com um par de dedos de neve diretamente não terá aderência. O carro é muito difícil de parar e, por outro lado, acelerar na primeira marcha sem calma torna-se uma provação com a qual dificilmente se avança. Para você que vai com seu carro e não terá pneus para neve, ter correntes no porta-malas antes de chegar em Bariloche é “indispensável”.

Sem importar os pneus que tenha, no caso de ter uma espessa camada de neve na cidade, ou parte dela, as autoridades podem avisar da recomendação ou da obrigação de usar correntes. Independente disso, quando se encontrar frente a uma dessas situações (além de neve, gelo ou mesmo lama se for o caso), será recomendado colocar as correntes nos pneus, caso sinta que perdeu tração. 

E se uma estrada foi cortada e você está usando correntes? Bem, isso significa que a estrada está totalmente intransitável, seja porque a cobertura de neve impossibilita o avanço dos veículos, seja porque há mantos de gelo muito perigosos, porque há carros presos ou por qualquer outra situação que as autoridades consideram necessário. 

Opções?  Se falarem que é momentâneo, aguarde, caso contrário dê meia-volta e regresse; isto último na maioria dos casos é a melhor decisão.

Como colocar as Correntes

Primeiro, devemos deter o veículo em um local seguro, sinalizar na frente e atrás com triângulos e ter acesas as luzes de posição e pisca alerta.

Para realizar a manobra recomendamos que se coloque umas luvas para evitar possíveis cortes e que as mãos se congelem. Como provavelmente irá se ajoelhar na frente de cada pneu dianteiro, e para não molhar a roupa nessa manobra, uma boa ideia é retirar o tapete de borracha do piso do acompanhante para colocar no chão frente ao pneu.

Damos por descontado que o carro alugado terá tração dianteira, pelo que as correntes devem ser colocadas nesses pneus, mas caso você possua um carro com tração traseira, as correntes devem ir nas rodas traseiras; e se for 4×4, nas 4 rodas.

  1. A primeira coisa que devemos fazer é esticar a corrente e certificar que não existe nenhum nó, para evitar que possa danificar a mesma corrente ao rodar. A corrente terá um aro de plástico ou uma outra corrente (que costuma ser de outra cor) desde onde estão agarradas as correntes que passarão pelo pneu. A estrutura das correntes de neve é a mesma em quase todos os tipos. Coloque a mesma no chão.
  2. Agora, coloque no chão e passe por trás da roda do carro, tendo cuidado para não emaranhar a mesma.
  1. Levante a corrente tomando-a do aro de plástico (ou corrente em forma de aro) que estarão pela frente até ¾ de altura da roda. 
  2. Agora una ambos os extremos do aro de plástico e coloque o mesmo por trás do pneu.
  3. Estendendo a corrente sobre a banda de rodagem do pneu, em seguida, ligamos os ganchos e os tensores superiores. Logo, movimentamos o veículo alguns centímetros para que a roda ‘pise’ nos elos e acabamos de cobrir a roda com a corrente para terminar de ligar todos os engates.
  4. Depois, tentamos fazer a corrente ficar o mais centrada possível, empurrando o cabo flexível para dentro do pneu, para evitar que fique no piso do pneu, para que não seja pisado durante a condução.
  5. Por último, se passa a corrente pela ranhura do tensor, puxando para esticar o máximo possível.

Terminadas essas operações, circulamos alguns metros em velocidade muito baixa e verificaremos se as correntes ainda estão no lugar. Lembre-se de que não deve circular a mais de 30 km/h, assim como todas as recomendações dadas aqui.

Calma

Manter a calma é a primeira medida para enfrentar o gelo. A prevenção é a melhor forma de combater os mantos de gelo e, no caso de os encontrarmos, devemos já ter reduzido significativamente a velocidade e aumentando a distância de segurança para que, em caso de perda de controle, possamos parar o veículo à distância que for necessária.

Marchas

É preciso reduzir ao máximo a mudança de marchas, e priorizar o uso de marchas longas (uma marcha acima da que andaria normalmente nessa velocidade); nos modelos automáticos, apertar o botão “Neve” ou “Inverno” (se houver). Isto porque quanto mais longo o percurso da marcha, menos força é transmitida às rodas e há menos risco de perda de aderência.

Freios

O acionamento do pedal de freio deve ser feito como se não tivéssemos o ABS instalado, ou seja, sem pressioná-lo totalmente e dosar com cuidado, com muita delicadeza e se possível utilizando o freio motor no caso de marchas manual. Por isso é muito importante aumentar a distância de segurança como o carro da frente acima do que normalmente faríamos, porque o carro não irá frear da mesma forma e em caso de perda de aderência precisamos de espaço para corrigir a situação.

Volante

Deve-se ter muito mais cuidado ao usar o volante, evitando mudanças bruscas na direção e dirigir agressivamente. Os movimentos devem ser tão sutis como se estivéssemos carregando várias caixas de ovos no porta-malas.

Para começar, toda precaução nesta época já conta.

Se a temperatura estiver abaixo de 4°C e as condições climáticas forem húmidas (chuva prévia, umidade, neve do dia anterior, etc.), tem grandes chances de ter placas de gelo na calçada. Fique atento.

Se dar com gelo na calçada dirija devagar, sem acelerar nem frear bruscamente, em uma marcha a mais de a que estaria dirigindo normalmente. 

Conserve a distância de segurança do veículo da frente. Esta deve ser maior do que em condições normais.

Evite deter o veículo em uma ladeira, pontes, curvas ou locais de pouca visibilidade.

Em ruas com declives, têm prioridade os veículos que estão ascendendo.

Sempre siga as indicações da Polícia Rodoviária

Na Argentina é obrigatório a utilização dos faróis acesos (luz baixa) o dia todo.

Se começar uma nevada enquanto estiver dirigindo, a regra básica diz que perto do lago sempre neva menos e se derrete mais rápido. Prefira essas vias.

Na estrada tenha cuidado com as zonas onde tem “sombra”. Indo para Angostura ou Bolsón isso é muito comum por causa das enormes árvores e morros. Se as temperaturas estiverem muito baixas (perto de zero ou menores) você poderá ver uma mancha úmida no asfalto e não saberá se é água ou gelo.

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