Retornei para o Rio de Janeiro após alguns dias em Bariloche. Agradeço muito ao grupo, já que a organização da viagem só foi possível pelas dicas daqui e pelo Pablo, sempre atencioso. Vou deixar meu relato de uma viagem de casal com um filho de 3 anos e 9 meses autista. Inclusive, vi poucos relatos de famílias atípicas por aqui, então, espero contribuir. Programei toda a viagem para fazer com carro alugado, porém, na semana de viajar notei que minha CNH tinha vencido e precisei refazer todo o planejamento. *Hospedagem: fiquei bem processo do Centro Cívico, na Rua Quaglia. Ótima localização. Para quem está sem carro e com criança pequena, acho que a melhor opção é ficar no centro por estar no meio de tudo. *Locomoção: a ideia era estar de carro para fazer tudo dentro do nosso horário, afinal, crianças pequenas, ainda mais atípicas, cada dia é um novo dia e uma nova forma de reagir. Mas fizemos tudo de Uber e deu tudo certo. Não tivemos problemas, Uber sempre aceitou e chegou rápido. Obs.: único problema foi voltar do Piedras Blancas em dia de chuva, pois dois motoristas aceitaram, mas logo mandavam mensagem cobrando um valor muito maior caso quisesse prosseguir, tendo em vista que o local fica com muita lama. Pedi pra cancelarem sem ficar discutindo. O terceiro aceitou de boa pois já estava lá em cima. Então, se for dia de chuva, talvez seja melhor combinar com Remis. *Alimentação: Com relação a valores na cidade de Bari, funciona como em qualquer local turístico. Você vai achar pratos com preços altos, médios e outros mais baixos, é questão de procurar e entender o local. Já nos pontos turísticos (cerros e outros), tudo é realmente mais caro. Outra dica é levar água na mochila. *Lazer: para crianças pequenas, principalmente atípicas, os pontos turísticos não são dos melhores. Mas temos a salvação que é o Piedras Blancas. Tanto que precisei voltar outro dia para curtir mais. Para crianças, acho que é o melhor lugar. Cerro Catedral as crianças brincam um pouco com a neve, mas acredito que seja mais voltado pra criança que vai esquiar. Outro ponto a ser destacado: os teleféricos não são tão fáceis de colocar uma criança atípica, dependendo do nível de suporte. Meu filho é nível 1 e não tive problemas. Mas entendo que dependendo do grau, pode ocorrer. *Cervejaria: Decidi fugir um pouco da tradicional Patagonia Cervejaria que todos indicam e procurei uma diferente e curti muito. Local amplo, tranquilo para que a criança fique com a família e, ainda, tem uma praia linda em frente que depois descemos pra ele brincar um pouco. Almoçamos e degustei uma cerveja na Cervejaria Kunstamann. *Aluguel de roupas: Alugamos no primeiro dia em uma loja que ficou um pouco mais caro. Depois pegamos a dica aqui no grupo da Sandrik, loja com roupas próprias e o valor muito mais em conta. *Cidade maravilhosa para as crianças curtirem comendo chocolate, tomando sorvete, jogar pedras nos lagos, brincar na neve (principalmente no Piedras Blancas) e só. Não tem muitas atividades para crianças muito pequenas. Mas se eu posso finalizar com uma dica é: não deixem de curtir com crianças, independe da idade e, se possível, dentro do espectro autista. Deixo algumas fotos e vídeos de registro dessa viagem maravilhosa e agradeço mais uma vez ao grupo e ao Pablo!

Tássio Freitas